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Atos de vandalismo prejudicam a operação dos ônibus em Petrópolis

29 de novembro de 2019

A empresa de ônibus Turb Petrópolis, que realiza o transporte público coletivo no município, continua sofrendo com as constantes depredações e atos de vandalismo nos coletivos que atendem os distritos. Bancos rasgados, pichações, quebras de vidro e excesso de lixo são os problemas mais comuns encontrados rotineiramente nos veículos. De janeiro até novembro deste ano, a operadora já constatou 163 casos de vandalismo.

Foto: Turb Petrópolis

Na noite de ontem (28), o ônibus que fazia a linha 704 – Madame Machado precisou ter o veículo trocado após uma pessoa, ainda não identificada, destruir um dos bancos traseiros do coletivo, retirando todo o estofado do assento. Além de comprometer a operação na cidade, os constantes atos criminosos ainda refletem em impactos no valor final da tarifa de ônibus.

“A troca da capa do encosto e o assento de um banco pode custar em média R$ 50. Porém, se incluirmos a espuma, que muitas vezes são arrancadas, esse prejuízo pode chegar a até R$ 115 por cada banco”, explicou Paulo Calheiros, gerente de manutenção.

Circulando com quase 30% da frota renovada, a Turb Petrópolis tem detectado com frequência os prejuízos com os novos veículos zero quilômetro, que já foram alvos de ataques de vandalismo.

“Chega a ser até difícil acreditar que os novos ônibus já precisem de troca de bancos, pintura, entre outros reparos. Os problemas mais rotineiros são as pichações, bancos rasgados, vidros quebrados e a lataria dos ônibus amassada por conta de arremesso de pedra, chutes e socos nos veículos”, disse Jean Moraes, diretor da empresa.

O Setranspetro esclarece que a conscientização dos passageiros é fundamental para a qualidade dos serviços prestados pelas empresas e para evitar custos excessivos para o sistema, elevando o preço da tarifa. O sindicato ainda lembra que a depredação dos ônibus é crime previsto no artigo 163 do código penal.

“Caso o suspeito seja identificado poderá arcar com as despesas para a manutenção do ônibus. E se for menor de idade, os responsáveis é que devem responder e custear os reparos. Além do prejuízo financeiro, que é absorvido pelas empresas, certamente os mais prejudicados são os clientes, que precisam ficar mais tempo aguardando o ônibus passar por reparos”, disse Carla Rivetti, gerente do Sindicato.

O Setranspetro destaca ainda que as empresas vão ampliar a observação das câmeras de circuito interno para tentar identificar possíveis pessoas que estão praticando este tipo de ação. Os passageiros também podem contribuir, informando ao Disque Denúncia da Polícia Militar, pelo número (24) 2242-8005 ou pelo WhatsApp (24) 99324-5499.