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Atos de vandalismo prejudicam a operação dos ônibus em Petrópolis

24 de setembro de 2019

As empresas de ônibus que realizam o transporte público coletivo em Petrópolis continuam sofrendo com as constantes depredações e atos de vandalismo nos coletivos que atendem o município. Bancos rasgados, pichações, excesso de lixo e até urina são os problemas mais comuns encontrados rotineiramente nos veículos. Além de comprometer a operação na cidade, os atos criminosos ainda refletem em impactos no valor final da tarifa de ônibus.

Foto: Cidade Real

Na madrugada desta terça-feira (24), um ônibus da Cidade Real que fazia a linha corujão, no bairro Bataillard, precisou interromper a circulação, após ser alvo de pedrada. Uma pessoa, ainda não identificada, acertou o vidro da porta do coletivo. O caso aconteceu por volta de 1h da madrugada, quando o veículo passava pela Rua Bataillard. Ninguém ficou ferido.

Circulando com quase 30% da frota renovada, a Turb Petrópolis detectou, nas últimas semanas, os primeiros prejuízos com os novos veículos zero quilômetro, que já foram alvos de ataques de vandalismo.

“Chega a ser até difícil acreditar que os novos ônibus já precisem de troca de bancos, pintura, entre outros reparos. Há poucos dias em circulação, alguns equipamentos foram destruídos e depredados”, lamentou Paulo Calheiros, gerente de manutenção.

A Cidade das Hortênsias também aponta problemas que vão desde papel nas canaletas das janelas até urina espalhada no banco e chão dos coletivos. De acordo com a empresa, nos últimos 50 dias, pelo menos 17 ônibus precisaram ir para a garagem para passar por manutenção por conta de vandalismo.

“Os serviços podem demorar entre quatro horas ou até mais de três dias. Ou seja, um período em que o coletivo fica retido para reparos, prejudicando a população. Geralmente encontramos, além de quebra em equipamentos, muito lixo, inclusive, fralda de bebê”, contou o supervisor de manutenção Adriano Ribas.

As empresas Petro Ita e Cascatinha detalham os constantes vandalismos na frota. Há 15 dias, por exemplo, uma pessoa jogou uma pedra, quebrando o para-brisa de um dos coletivos. Além desse episódio, bancos rasgados e arrancados, pichação entre outras maneiras de depredação também são registradas constantemente. Segundo Sérgio Rocha, diretor eresponsável pelo setor de almoxarifado, os gastos são sempre elevados.

“Assento rasgado e pichação chega a ser, infelizmente, algo comum no nosso dia a dia. Por mês, gastamos uma média de 200 metros de tecido para recuperar um banco. Para pintar as áreas pichadas, são gastos mais de 15 litros de tinta”, pontuou.

Foto: Cidade Real

O Setranspetro esclarece que a conscientização dos passageiros é fundamental para a qualidade dos serviços prestados pelas empresas e para evitar custos excessivos para o sistema, elevando o preço da tarifa. O sindicato ainda lembra que a depredação dos ônibus é crime previsto no artigo 163 do código penal.