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NTU e ANTP pedem por medidas emergenciais no transporte público diante do estado de calamidade

30 de março de 2020

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), juntamente com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, se uniram para apresentar uma série de medidas emergenciais que visam evitar que o sistema de transporte entre em colapso no país, garantindo assim a oferta do serviço e a inclusão social.

Foto: Divulgação

Com o surgimento do Coronavírus, momento em que qualquer tipo de empresa entra em estado de crise, o transporte público está à beira de um colapso mediante à ausência de medidas emergenciais do governo. Com queda de aproximadamente 80% no número de passageiros em todo o país, as empresas de ônibus ainda continuam atendendo a população ao longo de todo o dia e em todas as regiões, gerando, automaticamente o desequilíbrio entre as receitas e custos, inviabilizando a continuidade dos serviços prestados.

Caso este cenário se mantenha sem nenhum tipo de atenção governamental, uma possível paralisação pode gerar grandes dificuldades sociais e econômicas, interrompendo diversas atividades essenciais como o deslocamento de profissionais de saúde aos seus respectivos locais de trabalho, assim como os que atuam em supermercados, padarias, farmácias, entre outros, prejudicando toda a população de forma geral.

Diante disso, as principais instituições que atuam no transporte coletivo urbano no Brasil elaboraram um conjunto de medidas emergenciais que visam evitar o colapso no sistema. Entre elas está o Programa Transporte Social, que consiste na aquisição de créditos eletrônicos (passagens) pelo Governo Federal, que poderão ser destinados aos programas sociais, para a utilização futura dos seus beneficiários.


Além disso, é proposta como medida alternativa o fornecimento de óleo diesel direto pelas distribuidoras a preço de custo, tendo em vista que o óleo diesel no país representa até 23% dos custos das empresas operadoras, reduzindo assim em até 50% o preço atualmente cobrado pela Petrobrás. Por fim, outra medida é a suspensão temporária do contrato de trabalho da mão de obra ociosa, com o pagamento integral do seguro desemprego.