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Greve ilegal deixa população sem ônibus em Petrópolis

6 de abril de 2022

A população petropolitana está sem os serviços de transporte público por ônibus, desde as primeiras horas da madrugada desta quarta-feira (6). Recusando quatro propostas do patronal, a categoria dos rodoviários instalou movimento de greve, mesmo com as negociações ainda em curso, descumprindo, inclusive, decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que impede a paralisação, por entender que não foram esgotadas todas as possibilidades de negociação.

Foto: Setranspetro

Por volta da meia-noite, trabalhadores aguardavam a chegada dos ônibus nos pontos e terminais para voltar às suas casas, o que não aconteceu, devido ao movimento ilegal adotado pelos rodoviários. Pela manhã, o deslocamento da população que depende do ônibus ficou comprometido, assim como os estudantes, que perderam mais um dia de aula neste período letivo.

Com as ruas vazias, o comércio volta a sofrer duras consequências da paralisação, que dificulta a recuperação da economia da cidade, podendo, inclusive, comprometer os postos de trabalho em diversos setores da economia.

Ao contrário do que acontece com muitos sindicatos do estado do Rio, que não apresentaram qualquer tipo de proposta de reajuste, neste ano, mesmo em um cenário de extrema crise, mas, novamente em respeito à categoria, o Setranspetro ofereceu um percentual de 10,54% de aumento nos salários e também 10% sobre o valor da cesta básica, entre outras condições de cláusulas sociais reivindicadas.

Com a greve ilegal, os prejuízos atingem o transporte público e todos os setores sociais e econômicos da cidade, que tentam se reerguer após duas catástrofes naturais, com perdas irreparáveis ao comércio, indústria, profissionais dos serviços essenciais e até aos estudantes, que não conseguirão se deslocar às escolas.

O movimento, além de ser considerado antidemocrático, também é sujeito às medidas e sanções cabíveis à categoria. Inclusive, a greve vai contra o diálogo traçado ao longo de toda a terça-feira (5), com o Governo Municipal, Câmara Municipal, Rodoviários e Empresários.